segunda-feira, 4 de maio de 2009

Desertificação

A desertificação, um processo em que o solo fica estéril, sem nutrientes, perdendo a capacidade de gerar qualquer tipo de planta, é outra ameaça. Sem as plantas, as chuvas vão ficando escassas e a terra se torna seca e árida, causando um grande desequilíbrio para o ecossistema local. Como a sobrevivência nesses lugares fica muito difícil, os agricultores e criadores de animais migram para outros lugares, como acontece no Nordeste brasileiro e na África.

De acordo com o relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), cerca de 200 milhões de pessoas no mundo são hoje atingidas por secas causadas pela desertificação. Outros 900 milhões vivem em áreas que correm o risco de se transformar em deserto. Esse processo inutiliza cerca de 6 milhões de hectares (60.000 km2) por ano, gerando perdas econômicas em torno de US$ 4 bilhões. O custo para recuperar essas terras pode chegar a US$ 10 milhões. De acordo com dados da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, 69% das terras áridas do mundo estão degradadas.

A escassez de água, por sua vez, vai acentuar os danos ambientais nos próximos 12 anos. A redução do nível dos rios, a salinização dos estuários, o desaparecimento de peixes e plantas aquáticas e a poluição dos leitos tendem a aumentar até 2020. As consequências serão a iminente diminuição da quantidade de água potável disponível, a perda de terrenos propícios para a agricultura, a contaminação de alimentos agrícolas e de peixes, aumentando a fome e as doenças no homem e nos animais e a desertificação.

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